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<a name="narrativas-do-imaginerio-1" class="anchor" href="#narrativas-do-imaginerio-1"></a>Narrativas do imagineRio</h1>
Narrativas do imagineRio é um aplicativo de criação de histórias sobre o passado do Rio de Janeiro utilizando as camadas de mapeamento do imagineRio. Ao criar cartões com orientações geográficas, os usuários podem escrever narrativas unindo elementos históricos e espaciais. Além do conteúdo disponível na plataforma, os usuários pode enviar suas próprias imagens ou inserir áudios e vídeos de serviços externos. Na nossa galeria você encontra algumas narrativas em destaque, oferecendo uma maneira inovadora de compartilhar pesquisas, conhecimentos e ideias.

Esta narrativa tem por objetivo descrever parte do processo de reforma portu&aacute;ria ocorrida na segunda metade do s&eacute;culo XIX na cidade do Rio de Janeiro ainda durante o governo mon&aacute;rquico.

A  Modernização Portuária da Capital Monárquica: A Doca da Alfândega

Antonio Carlos Higino da Silva

O interesse em montar uma narrativa acerca do cotidiano da antiga rua dos Ourives &eacute; fruto da investiga&ccedil;&atilde;o a respeito das interven&ccedil;&otilde;es urbanas realizadas na cidade do Rio de Janeiro no per&iacute;odo do Estado Novo (1937-1945). Nesse &acirc;mbito, a abertura da Avenida Presidente Vargas na d&eacute;cada de 1940 demandou a supress&atilde;o de parte dessa rua, guardando semelhan&ccedil;a com o ocorrido na abertura da Avenida Central, no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, que j&aacute; havia entrecortado o logradouro.
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Pesquisa e texto: Naylor Vilas Boas e Francesca Martinelli | LAURD/PROURB/FAU/UFRJ

Rua dos Ourives | transmutações urbanas

Francesca Martinelli

Narrativa constru&iacute;da a partir do texto "Rios Modernos" em co-autoria com Bruno Capil&eacute;, produzido por Andrea Jakobson Estudio,
Os rios percorriam as cidades do Rio de Janeiro cumprindo suas fun&ccedil;&otilde;es citadinas na Corte do Imp&eacute;rio. Veio Deodoro da Fonseca, veio a Rep&uacute;blica, e os rios, imp&aacute;vidos, continuaram seus cursos. Afinal, o que faziam os rios urbanos no s&eacute;culo XX?
Os rios de fins do s&eacute;culo XIX eram muitos e v&aacute;rios. Havia os garbosos e belos como o Rio Carioca, que descia o bairro das nobres mans&otilde;es no Cosme Velho e Laranjeiras. Ali fornecia &aacute;gua para a vizinhan&ccedil;a, alimentava os animais, hidratava jardins e hortas e pomares. Havia rios prolet&aacute;rios, cuja for&ccedil;a de trabalho era capturada pelas f&aacute;bricas e curtumes, que carregavam efluentes e res&iacute;duos at&eacute; a Ba&iacute;a de Guanabara. Havia rios longos, que traziam mercadorias e mat&eacute;ria org&acirc;nica de &aacute;reas distantes e havia os curtos, humildes, que serpenteavam pela cidade, crescendo em enchentes e minguando em secas.
Os rios cariocas do s&eacute;culo XX s&atilde;o m&aacute;quinas org&acirc;nicas. Pertencem ao mundo da natureza, com suas &aacute;guas, margens e ecossistemas, e s&atilde;o tamb&eacute;m resultado de a&ccedil;&atilde;o e interven&ccedil;&atilde;o humana, nos seus novos cursos e fun&ccedil;&otilde;es industriais.
Capil&eacute;, Bruno e Sedrez, Lise. Os Modernos Rios Cariocas. In: Kury, L.; Sedrez, L.; Capil&eacute;, B, e Motta, M. Os Rios do Rio. Rio de Janeiro: Andrea Jakobson Est&uacute;dio, 2020.

Rios do Rio

Lise Sedrez

In the nineteenth century, Brazil became a major producer and exporter of coffee. The advertisement above was most likely intended for a French audience (an insignia in the lower left corner indicates Paris). But, in a way, it still reflects the coffee culture in Rio de Janeiro in that the city was shaped by Parisian sensibilities, particularly during the Belle &Eacute;poque (1894-1914). As in Western Europe, coffee was a popular beverage in Rio, and cafes were spaces with a unique sociability that revolved around intellectual and artistic activity. This Narrativa presents several coffeeshops and explores the culture around coffee consumption in late-19th-century-to-early-20th century Rio.

Café Culture in Turn-of-the-Century Rio de Janeiro

Nicole Lhuillier

Esta narrativa tem por objetivo descrever parte do processo de reforma portu&aacute;ria ocorrida na segunda metade do s&eacute;culo XIX na cidade do Rio de Janeiro. As a&ccedil;&otilde;es do governo mon&aacute;rquico tiveram por objetivo dar&nbsp; continuidade a moderniza&ccedil;&atilde;o inciada com a obra da Doca da Alf&acirc;ndega.

A Modernização Portuária da Capital Monárquica: A Doca Dom Pedro II (parte 1)

Nesta leitura espacial e imag&eacute;tica do livro "Agosto", de Rubem Fonseca, vivemos um dos epis&oacute;dios mais dram&aacute;ticos da hist&oacute;ria nacional: a crise pol&iacute;tica que levou ao suic&iacute;dio de Get&uacute;lio Vargas em agosto de 1954.
Em uma mescla de fic&ccedil;&atilde;o e realidade, esse premiado romance da literatura brasileira nos envolve em assassinatos, encontros lascivos, corrup&ccedil;&atilde;o e pol&iacute;tica, em um movimento incessante pela cidade do Rio de Janeiro. Siga este story map e se deixe levar pelo Rio dos anos 50, sua trama e seus personagens.
Refer&ecirc;ncia bibliogr&aacute;fica:
FONSECA, Rubem. Agosto. Rio de Janeiro: Editora Record Altaya, 1990.

Agosto de Rubem Fonseca: uma leitura espacial e imagética

Juliana Marques

A partir do conto "Uma por Outra" de Machado de Assis, de 1987, explicam-se em fragmentos do pr&oacute;pio texto, os movimentos do personagem Josino e os percursos realizados na cidade. Um mapa com os itiner&aacute;rios de Josino ajuda a contextualizar a ambi&ecirc;ncia de cada lugar visitado.&nbsp;
Este trabalho contou com a colabora&ccedil;&atilde;o do grupo de pesquisa do LAURD/PROURB e com o apoio t&eacute;cnico de Nina Andreatta.

A vida do estudante Josino no Rio de Janeiro do séc. XIX.  Interpretação da obra "Uma por Outra"  Machado de Assis - 1897

Verena Andreatta

Em 1905, Lima Barreto escreveu uma s&eacute;rie de cr&ocirc;nicas sobre a demoli&ccedil;&atilde;o do Morro do Castelo, no Rio de Janeiro. Procuramos aqui referenciar trechos dessas cr&ocirc;nicas, tanto espacial quanto temporalmente, ajudando a relacionar esse relato com a hist&oacute;ria da cidade - e com o processo de demoli&ccedil;&atilde;o do morro onde ela foi fundada.&nbsp;
Este trabalho faz parte da pesquisa do LAURD/PROURB &ldquo;Guia liter&aacute;rio do Rio de Janeiro&rdquo;, que tem por objetivo geo-localizar trechos liter&aacute;rios sobre a cidade nas primeiras d&eacute;cadas do s&eacute;culo XX - momento importante de transforma&ccedil;&atilde;o da cidade.&nbsp;
A equipe &eacute; composta por Rodrigo Cury Paraizo (coordenador); Cintia Mechler; Maria Clara Coura; Igor Klein; Raissa Paim; Marcela Aur&eacute;lia da Silva; Beatriz Bastos; Ta&iacute;s da Costa Vicente.&nbsp;

Subterrâneos do Castelo

Cintia Mechler

Essa narrativa procura situar Av. Presidente Vargas no contexto hist&oacute;rico do desenvolvimento urbano do centro do Rio e revelar os lugares e edif&iacute;cios perdidos com a sua demoli&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Memória das Demolições: Antigos lugares na Av. Presidente Vargas

Naylor Vilas Boas

Uma breve espiada no rel&oacute;gio revelava que j&aacute; estava quase no hor&aacute;rio da aula. Carregando consigo alguns materiais, o aluno apressa um pouco mais o passo. &ldquo;N&atilde;o quero chegar atrasado&rdquo;, pensa ele enquanto vai costurando caminho em meio &agrave;s pessoas que tranquilamente andam pelas cal&ccedil;adas das ruas situadas nas imedia&ccedil;&otilde;es da escola.&nbsp;
Enquanto isso, o professor vai se acomodando na sala. Na sua mente ele organiza as &uacute;ltimas ideias e o modo como pretende abordar o conte&uacute;do destinado &agrave;quele dia. Nesse meio tempo os estudantes v&atilde;o chegando. Um a um eles se assentam nas suas carteiras entre risos, cumprimentos e hist&oacute;rias do final de semana. Rapidamente o antes predominante sil&ecirc;ncio, pr&oacute;prio da sala vazia, &eacute; substitu&iacute;do por agito. O professor aproveita o clima e estabelece uma s&eacute;rie de intera&ccedil;&otilde;es com os estudantes. Em meio &agrave; conversa ouve-se uma batida na porta. &Eacute; o &uacute;ltimo estudante que ainda faltava. Aquele mesmo que h&aacute; pouco apressava o passo para tentar chegar a tempo do in&iacute;cio da aula. &ldquo;Mestre, posso entrar?&rdquo;, pergunta ele respeitosamente e confiante da anu&ecirc;ncia do professor. O professor confirma com a cabe&ccedil;a e aponta o assento livre ao qual ele deveria se dirigir. Enquanto o aluno se acomoda o professor d&aacute; uma &uacute;ltima olhada no rel&oacute;gio e percebe que j&aacute; era hora de come&ccedil;ar a li&ccedil;&atilde;o do dia.&nbsp;
A cena anteriormente narrada parece completamente comum, ordin&aacute;ria, nada muito diferente daquilo que poder&iacute;amos ver hoje em dia, n&atilde;o &eacute; mesmo? Imagine, no entanto, se essa mesma situa&ccedil;&atilde;o se passasse no s&eacute;culo XIX e que o professor em quest&atilde;o fosse uma pessoa negra, enquanto todos os alunos fossem, tal como ele, igualmente negros e, em alguns casos, at&eacute; mesmo filhos de escravos. Tal descri&ccedil;&atilde;o muda totalmente a nossa percep&ccedil;&atilde;o, colocando-nos diante de um cen&aacute;rio, a princ&iacute;pio, inimagin&aacute;vel.

Escolas negras do Rio de Janeiro Imperial

Higor Figueira Ferreira

Resumo:
Esta narrativa sobre as favelas cariocas foi constru&iacute;da a partir da interpreta&ccedil;&atilde;o de mapas da cidade do Rio de Janeiro, correlacionando com documentos e outras fontes escritas que informam sobre as condi&ccedil;&otilde;es habitacionais de parcela significativa da popula&ccedil;&atilde;o ao longo da evolu&ccedil;&atilde;o urbana.

Favelas cariocas - parte 1

Maria Helena Salomon

Parte 2 - Novas Experi&ecirc;ncias Internacionais, Fus&atilde;o, os Molhes de Madeira e o Armaz&eacute;m n&ordm; 5.

A Modernização Portuária da Capital Monárquica: A Doca Dom Pedro II (parte 2)

Brazilian Carnaval cannot be imagined without vibrant images of Rio de Janeiro. During Carnaval and in the weeks leading up to it, Rio's already lively atmosphere amplifies and turns the city into what some call &ldquo;the biggest party in the world.&rdquo; Although this festivity of gigantic proportions takes place throughout the city, it is centered around one thing only: samba. This style of music, with strong ties to the African continent, provides a high-spirited soundtrack to the Carnaval celebrations. Whether blasted through massive speakers on streets, or simply played on the radio, during Carnaval samba is everywhere. Samba music invites you to dance and most people who are under its spell show off their moves (apart from those visiting from Sāo Paulo, whose residents are jokingly known to lack samba moves). All of these samba-filled Carnaval celebrations culminate in the Independent League of the Samba Schools of Rio de Janeiro competition, where local Samba groups compete for the title of samba school of the year. Through dancing, singing, and the most extraordinary floats, the samba schools show off their pride while telling stories that reflect deeper messages. By exploring some of the most well-known samba schools and visiting a few key carnival locations, this story map will explore modern-day Carnaval in Rio de Janeiro.&nbsp;

Carnival in Modern-Day Rio de Janeiro  

Jesse van der Meulen

ABSTRACT
<a href="https://www.imaginerio.org/">imagineRio</a> has focused on the built environment of Rio de Janeiro, and it has provided exciting ways to understand, to reflect on, and to reimagine the history of this iconic city of the global south. It is, however, most complete for the built environment of the original urban center and its expansion to the west and south. To truly understand the history of this city, it should be situated into the larger, natural environment of the Guanabara Basin. Rio&rsquo;s history is complex: it began as an acropolis, became a colonial capital, received annually tens of thousands of enslaved people in the trans-Atlantic Slave Trade, became a national and state capital, and is the second largest city in Brazil today. At every stage of its development, the Guanabara Bay has affected life in the city, and the city has affected the Guanabara Bay. In this imagineRio Narrative,&nbsp;I explore how we can begin to map the historical environments of the Guanabara Bay and Basin in the colonial era.
This imagineRio Narrative was presented at the Social Science History Association Annual Conference, Chicago: November 18, 2022 by Alida C. Metcalf, Harris Masterson, Jr. Professor of History at Rice University in Houston, USA. Please send any correspondence to <a href="mailto:acm5@rice.edi">acm5@rice.edu</a>.

Mapping the Historical Environments of the Guanabara Basin

Alida Metcalf

An overlooked demographic in Rio de Janeiro's early history is the&nbsp;cigano (Romani) people. In the late sixteenth century, ciganos fleeing persecution arrived in the city and slowly established themselves as an important part of the city's economic and social life through participation in the bustling slave trade and popular nightlife. Manuel Ant&ocirc;nio de Almeida, author of Memoirs of a Militia Sergeant, and Jean Baptiste Debret, a French painter, provide contemporary perspectives of ciganos during the Portuguese Court's stay in Rio and exemplify the negative stereotypes of the population. In this ImagineRio narrative, I explore the characterization of the cigano people and their role in society before, during, and after the Time of the King through Debret's art, Almeida's writing, and historical perspectives.&nbsp;

Ciganos in Rio During the Time of the King

Bianca Schutz

Busco neste trabalho analisar a reurbaniza&ccedil;&atilde;o do Catumbi, bairro localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro, entre os anos 1963 e 1984, ou seja, entre a conclus&atilde;o das obras do T&uacute;nel Santa B&aacute;rbara e a constru&ccedil;&atilde;o do Samb&oacute;dromo na rua Marqu&ecirc;s de Sapuca&iacute;. Tomo como objetivo deste texto compreender quais fatores levaram o antigo bairro do Catumbi a sofrer um intenso processo de reurbaniza&ccedil;&atilde;o, marcado, sobretudo, pela demoli&ccedil;&atilde;o maci&ccedil;a de seus antigos im&oacute;veis e que, por conseguinte, provocou um esvaziamento de moradores no bairro. Minha aposta &eacute; que esse processo &eacute; decorrente da ado&ccedil;&atilde;o de uma postura de sucessivos governadores do antigo estado da Guanabara em prol da integra&ccedil;&atilde;o rodovi&aacute;ria entre as Zonas Norte e Sul da cidade do Rio de Janeiro. Assim, busco entender os processos sociais e pol&iacute;ticos que transformaram os tradicionais sobrados do Catumbi e seus moradores em um obst&aacute;culo para o projeto de integra&ccedil;&atilde;o urbana e, indo al&eacute;m, do &ldquo;progresso&rdquo; da cidade-estado da Guanabara. Para al&eacute;m, tamb&eacute;m intenciono compreender como disputas e negocia&ccedil;&otilde;es, entre diversos atores e institui&ccedil;&otilde;es sociais, pelos futuros urban&iacute;sticos do bairro, entre as d&eacute;cadas de 1960 e 1980, definiram a reurbaniza&ccedil;&atilde;o da regi&atilde;o, isto &eacute;, como conflitos e negocia&ccedil;&otilde;es, entre diversos atores e institui&ccedil;&otilde;es, v&atilde;o produzindo espa&ccedil;o.

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